domingo, 21 de dezembro de 2008

Matéria Especial. História do Anime




































História dos Animes

Influenciado pela cultura pop americana que surgiu com a ocupação americana no fim da segunda guerra mundial, muitos artistas tiveram contato com a cultura americana. Desenhistas em início de carreira começaram a ter contato com quadrinhos e desenhos animados. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.

Entre os principais artistas que se envolveram com a arte americana, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Nos anos 50, influenciados pela mídia que vinha do ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.

Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os pioneiros animes de sucesso: Hyakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da poderosa Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.


Osami Tezuka O gênio






























Logo em seguida, em 1 de janeiro de 1963, é lançado Tetsuwan Atom, também conhecido como Astro Boy, baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo, conquistando também o público norte-americano. Tezuka era um ídolo no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras investiram nesse novo setor e nascem clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.

Segundo Alexandre Nagado, “[...] em 1967 surge o primeiro anime com grande projeção fora do Japão, Speed Racer (Maha Go Go Go, 1967), que apesar de produção pobre, se destacava por ângulos de cena inovadores e muita criatividade nas histórias. Não por acaso, virou sucesso no mundo inteiro e até hoje é muito cultuado. Neste ano estrearam 14 séries, sem contar os desenhos que já estavam em produção anteriormente. Dentre os clássicos daquele ano, A Princesa e o Cavaleiro (Ribon no Kishi) e Fantomas (Ogon Batto) marcaram época também por suas trilhas sonoras de nível cinematográfico. No cinema, o número de produções era menor (apenas 4 em 1967), mas foi aumentando aos poucos.

Nos anos 70, houve uma grande explosão de títulos. Além de animês para crianças pequenas (Kodomo) e outros para meninas (Shoujo), ocorreu também uma grande febre de desenhos com robôs gigantes (Mecha), graças ao sucesso de Mazinger Z (1972), criação do desenhista Go Nagai e grande sucesso entre o público infanto-juvenil. Com diversos títulos para serem vistos na TV em episódios semanais, muitos sendo exportados para outros países e com algumas obras sendo lançadas nos cinemas, o animê mostrava que tinha chegado para ficar.”

Os animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma direção de arte ágil, enquadramentos ousados, muito movimento de cena e a abordagem de temas variados, como por exemplo ficção científica, aventura, terror, infantil, romance e pornografia. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, se encontrar situações de humor adultas (mulher beliscando disfarçadamente o marido para esse ficar quieto em uma conversa, acessos de raiva por causa de ciúmes e/ou amor platônico).

Há também na animação japonesa uma grande presença de personagens andróginos e do homossexualismo, geralmente sutil. As duas características são reflexos da cultura japonesa, onde não há muita distinção entre homosexuais e andróginos com heteros, e portanto, lá não tem problema uma criança ver isso. Mas fora deste contexto como aqui no Ocidente, essas ações acabam por ser muitas vezes mal interpretadas, levando em muitos casos à censura e adaptação de personagens.

Em muitas produções podemos conferir o uso de sinais visíveis de sentimentos, como por exemplo:

* Gota d´água que aparece do lado do rosto do personagem representanto constrangimento.
* Dentes e chifres aparecendo repentinamente nos personagens representando raiva ou maldade.
* Diminuição súbita do personagem representando vergonha.
* Nervos estilizados na testa de um personagem, também representando raiva.

Design de Personagens

* Os Olhos: Geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, e cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas tipo Vermelhos, Rosa, Laranja, Roxos, Dourados ou simplesmente uma bolinha preta sob fundo branco. Essa técnica foi introduzida por Tezuka, para que desta forma, podia conferir mais emoção aos seus personagens. São considerados uma das partes fundamentais e mais expressivas de um personagem, pois os olhos podem tomar várias formas e feitios, de modo a expressar o humor do personagem. Uma das características mais conhecidas do anime é o tamanho dos olhos. A razão mais provável dessa característica é a influência de desenhos antigos da Disney, e a crença japonesa de que "os olhos são a janela da alma".

* O Cabelo: Ele há de todas as formas, tamanhos, volumes e penteados (e muitos até chegam a desafiar as leis da gravidade), sempre cheios de fitas, lacinhos e afins , e, claro, cores, que vão desde o Rosa, ao Vermelho, ao Azul, Verde e Roxo.

* O Corpo: Na maioria das vezes, escultural, as vezes até demasiado escultural, e cheio de pormenores.

* As Roupas: Sempre muito coloridas e com designs cheios de imaginação. Muitos mostram um personagem sempre usando a mesma roupa, pois esse é um modo de caracterizá-lo. É também muito vulgar a utilização dos trajes tradicionais japoneses, como kimonos, independentemente do tipo de história.

* A Personalidade: Os personagens costumam ter personalidades muito bem elaboradas, ricas, cheias com as mais diferentes e variadas características, independentemente de cada situação e personagem.

* A Voz: Também é um elemento muito importante numa personagem porque nos dá a conhecer um pouco pela sua voz. Estas são selecionadas de acordo com a personalidade dos personagens. Vozes muito poderosas, infantis, estridentes, harmoniosas ou cavernosas fazem parte do universo de qualquer anime, e os dubladores (ou seiyu) são alvos de admiração por muitos fãs.

Tipos de anime

Por formato

No Japão, os animes são lançados em três formatos:

* Série de TV: Transmitido pela televisão aberta ou paga, e geralmente, com o fim da série há o lançamento do DVD ou VHS. Comparado com filmes e OVAs a qualidade da imagem pode ser muitas vezes menor por ter um orçamento distribuído em um grande número de episódios. Muitos títulos apresentam 13 ou 26 episódios com duração de 23 minutos. Na maioria das vezes, possuem créditos iniciais, créditos finais e cenas curtas que anunciam o início e o fim do intervalo comercial.
* Filme: Exibidos em cinemas e, mais tarde, lançados em DVD, ou, em alguns casos, em canais pagos. Geralmente apresentam a qualidade de vídeo e o orçamento mais alto. Muitos animes são unicamente lançados em filmes. No entanto, há casos em que os filmes são na verdade uma edição minimizada da série de tv.
* OVA/OAV: O anime é produzido para ser vendido em DVD e VHS, e não para ser exibido na TV como uma série. Assim como filme, depois de algum tempo, o OVA pode passar em canal fechado também. Normalmente são mais curtos que os filmes e possuem mais de um episódio.



Hayao Mazaki- O gênio das obras de arte animadas. Todos os seus animes são obras de arte!














* bishounen: japonês para “garoto bonito”, termo geral que pode ser usado para descrever qualquer anime caracterizado por meninos e homens bonitos.
* bishoujo: japonês para “garota bonita”, termo geral que pode ser usado para descrever qualquer anime caracterizado por meninas e mulheres bonitas.
* shoujo: japonês para “garota”, são voltados para o público feminino.
* shounen: japonês para “garoto”, são voltados para o público masculino.
* seinen: voltados para homens, forma mais rara.
* josei: japonês para “mulher jovem”, são voltados para mulheres, forma mais rara.
* kodomo: japonês para “criança”, são voltados para crianças menores.
* magical girl: mahô shôjo ou mahou shoujo, caracterizados por garotas com poderes mágicos.
* mecha: animes caracterizados por robôs gigantes.
* shounen-ai: romance entre personagens masculinos.
* shoujo-ai: romance entre personagens femininos.
* ecchi: japonês para “indecente”, contém humor sexual moderado.
* hentai: japonês para “anormal” ou “pervertido”, usado para descrever animes pornográficos. No entanto, no Japão os termos usados são Poruno ou Ero.
o kemono (animais)
o futanari (hermafroditas)
o loli-con (crianças - raparigas)
o shota-con (crianças - rapazes)
o yaoi (homossexual - homens)
o yuri (homossexual - mulheres)

Outros gêneros paralelos aos ocidentais são: aventura, ação, ficção científica, comédia, desporto, drama, fantasia, romance... Há ainda temas que se repetem váras vezes: colegiais, demônios, artes marciais, magia, terror...

Anime ou animê

Na Língua Portuguesa existem duas variantes para esta palavra: anime ou animê.

A palavra anime deve ser lida como oxítona. Essa confusão deve-se ao fato da língua japonesa não possuir diferenciação entre paroxítonas e oxítonas, causando uma dificuldade na tradução para o português.

Crê-se que, etimologicamente, é a transcrição japonesa da palavra inglesa animation (derivada por apócope - a parte final da palavra é eliminada, como acontece com muitas palavras japonesas de origem estrangeira). Alguns autores defendem uma origem francesa - de animé (animado). A maioria dos japoneses não aceita esta teoria.

A pronunciação mais usada e que os próprios japoneses usam é A-ni-mei, que é uma contração da Japanização da palavra inglesa Animation.

Portanto pronuncia-se "Aníme". "Não animÊ".

A relação entre o anime e o mangá

O mais normal é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de vendas no Japão, ele seja transformado em anime, e se este também tiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países e assim começam a produzir diversos tipos de produtos sobre estes (como videogames, bonecos, revistas etc).

Porém, há também casos em ordem diferente. Um exemplo disto é Neon Genesis Evangelion, cujo mangá foi produzido após o sucesso da série de TV,Dragon Quest, que inicialmente era um jogo,e Pokémon(Pocket Monsters no Japão) que primeiro era um jogo, depois foi produzido um anime,e depois foi feito um mangá.

Fãs de anime

Com o crescente sucesso dos animes surgiu uma comunidade de fãs, tanto no Japão quanto fora dele, que se tornaram conhecidos com otakus. O próprio termo é alvo de discussões, pois no Japão o verbete possui conotação pejorativa. Muitos dos espectadores de anime não se consideram otakus preferindo fugir do rótulo controverso.

O estilo dos animes já influencia a cultura ocidental e está presente também fora destes. Por exemplo, alguns clipes da banda Daft Punk foram produzidos por animadores profissionais do Japão (que já fizeram desenhos como Digimon e Sailor Moon) e são feitos inteiros em traços orientais. O Linkin Park também já fez referências a clássicos da animação japonesa como Gundam, além de trazer elementos de anime em outros clipes animados. Madonna se arriscou na turnê Drowned World Tour e criou um bloco inteiro dedicado ao mundo oriental. Em uma das canções são mostrados alguns animes Hentais (picantes) nos telões do megashow de 2001 da popstar. A grife Cavalera já lançou uma coleção com alguns personagens clássicos, influências orientais e até mesmo citações de yaoi.

Mais informaçoes visitem o site do wikipedia de onde parte dessas informaçoes foram extraídas.

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